Passeio das Fontainhas - Arranjo Envolvente Ponte Infante D.Henrique

  • Cliente: Metro do Porto

    Tipo: Urbanismo

    Localização:  Porto, Portugal

    Área: 31.000 m2

    Conclusão: 2005

    A zona das Fontainhas, da qual fazem parte, os bairros de Guindais e Corticeira, apresenta uma forte componente habitacional de características urbanas bem consolidadas, apesar de seguir uma acentuada tendência de desertificação. É conhecida também por outros usos de carácter temporário, como as festas tradicionais de São João e a singular feira da Vandoma. Com a elevação do núcleo urbano adjacente à categoria de Património Mundial, apresenta um elevado potencial turístico e de desenvolvimento futuro. A Alameda das Fontainhas, outrora limite nascente da cidade, apresentava um desenho urbano de interessante qualidade, apesar de mutilado nas suas formas e usos. Os seus passeios, muros, e escadas já não apresentavam formas contextuais delimitadas, encontrando-se inseridos num ambiente alcatroado ditado pelo sistema viário. Descobrem-se aqui um elevado número de prédios abandonados em estado ruinoso, depois de sucessivos anos de desinteresse da política urbana da cidade, o que acrescido ao estado análogo de armazéns e indústrias próximos acaba por transformar este pedaço de encosta num espetáculo de ruína que se vai desconstruindo nas suas pendentes. O arranjo da zona envolvente das Fontainhas integra uma área de cerca de 31.000 m2 e surge da necessidade de requalificar as superfícies de remate consequentes do último atravessamento construído sobre o Rio Douro, a Ponte do Infante. O novo traçado viário, juntamente com o ponto de inserção do novo objecto, teve por consequência a inevitável demolição de algumas construções. Entendeu-se que a ponte seria fundamentalmente urbana e que apesar de comportar vias rodoviárias e eixos principais, deveria também incitar a ligação entre as duas cidades, tornando o Passeio das Fontainhas numa porta de entrada para o Porto, e, no sentido oposto, numa porta de exploração de Gaia. Do ponto de vista urbanístico, por se encontrarem condicionadas à área de intervenção, foram resolvidas questões urbanas pontuais suavizando o condicionamento causado pela construção da nova ponte, através de uma linguagem democrática, simples e identitária.

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